Por Imprensa
Dificilmente haverá um acordo para consolidar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em janeiro próximo, período previsto para o final das negociações. A previsão é do secretário mexicano de Economia, Fernando Canales.
O Brasil diz que o prazo só será possível se os Estados Unidos mudarem sua postura nas negociações. Segundo o diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Regis Arslanian, as negociações travaram em abril porque o objetivo inicial das conversações foi modificado pelos Estados Unidos no decorrer dos encontros realizados entre os negociadores.
Canales diz que tem sido muito difícil conciliar as diferentes posições devido a assimetrias entre os países caribenhos de escassa população, pequeno território e economias baseadas no turismo, e as nações como Estados Unidos, México, Brasil e Argentina, que concentram o Produto Interno Bruto da Região (PIB) da região.
Em sua recente visita ao Brasil, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse que ainda há interesse e comprometimento dos Estados Unidos em relação à criação da Alca. A declaração fez parte do discurso de Powell a empresários em evento promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. Na avaliação do representante do regime de George W. Bush, o entrave nas negociações sobre subsídios agrícolas, adicionado a problemas políticos e econômicos internos de diversos países, dificultou o avanço das negociações. A ofensiva norte-americana para a criação da Alca certamente recrudescerá após as eleições no Estados Unidos.
Fonte: Portal Vermelho