Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje (3) mostra que menos de 1% dos municípios brasileiros concentram a renda do país. O estudo realizado em 2002 indica que, quando o Produto Interno Bruto (PIB) nacional somou R$ 1,3 trilhão, 25% de todas as riquezas produzidas no país estavam concentradas em apenas nove dos 5.560 municípios. Na liderança do ranking está São Paulo, seguido por Rio de Janeiro, Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Duque de Caxias (RJ), Curitiba, Guarulhos (SP) e São José dos Campos (SP).
Em quase todos os municípios, a indústria, principalmente a petrolífera, foi a grande responsável pelo crescimento do PIB. A exceção é Brasília, onde a forte presença da administração pública influencia a economia. Em Manaus, por exemplo, além do recebimento de royalties pelo tráfego de gás natural oriundo do poço de Urucu, houve o crescimento da Zona Franca. Em Guarulhos, o destaque foi o aumento da fabricação de máquinas, aparelhos elétricos, automóveis, materiais plásticos e borracha. São José dos Campos foi beneficiada pelo aumento expressivo das exportações de aviões fabricados pela Embraer. E a participação de Duque de Caxias vem crescendo desde 1999 por conta do refino de petróleo.
No outro extremo, os municípios de menor PIB são Parari (PB), Lavanderia (TO), São Miguel da Baixa Grande (PI), Santo Antônio dos Milagres (PI) e São Feliz do Tocantins (TO). Juntos, eles representam 0,001% da produção nacional.
Em relação ao PIB per capita – que é a soma de tudo o que é produzido no município dividido pelo número de habitantes – a pesquisa revela que o setor petrolífero foi responsável pela elevação da produção nos dez municípios brasileiros de maior PIB per capita. O maior crescimento foi registrado em Macaé (RJ) por causa dos royalties recebidos com a extração de petróleo e gás natural.
Fonte: Agência Brasil