No próximo dia 8 de março, o documento intitulado Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade vai iniciar, em São Paulo, uma longa viagem pelos cinco continentes, que só terminará em 17 de outubro, em Uagadugu, capital de Burkina Faso, na África. Aprovada em linhas gerais no início de dezembro, em Kigali [Ruanda], durante encontro da Marcha Mundial das Mulheres – movimento de coalizão formado por cerca de seis mil organizações de mais de 160 países –, a Carta será referendada durante a quinta edição do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, que abre o calendário de ações globais das discussões de gênero em 2005.
De acordo com a assessoria da Marcha Mundial das Mulheres, o documento contém 31 afirmações que descrevem os princípios básicos e essenciais da proposta de um mundo sem exploração, opressão, intolerância e exclusão. Nesta quinta-feira [27/1], o texto será debatido pela Assembléia da Marcha Mundial das Mulheres: ação global 2005, a partir das 15h30, na sala 603 do Espaço F [Lutas sociais e alternativas democráticas – contra a dominação neoliberal], no Fórum Social Mundial 2005. Esta será a principal atividade feminista realizada durante o Fórum. “As organizações dos diferentes países vão trazer para o debate os temas mais relevantes de suas realidades locais”, afirma Júlia Di Giovanni, da ONG Sempre Viva Organização Feminista, que integra o Comitê Organizador Brasileiro do FSM.
Fonte: Imprensa Fenajufe, com informações do Boletim FSM