Administração do tribunal soltou comunicado suspendendo aumentos, que entrariam em vigor a partir desta segunda-feira
A luta e a resistência dos servidores do TRF/JF conseguiram impedir que a administração do tribunal implementasse o aumento abusivo do plano médico que estava previsto para entrar em vigor a partir desta segunda-feira, dia 01 de agosto, que previa reajuste de 12,5% ao plano médico-hospitalar e instituía a co-participação dos servidores em 20% do custo nos procedimentos médicos (exames, consultas e outros) e de 60% no Pró-Social.
Apesar do avanço, a batalha para impedir qualquer reajuste abusivo continua, pois a administração, além de suspender o aumento previsto inicialmente, convocou uma reunião para o dia 5 de agosto, às 17h, com representantes a ser indicado por cada um dos gabinetes e secretarias do tribunal para tratar do assunto. Para pressionar à administração a garantir uma solução em definitiva para o problema, os servidores decidiram durante a paralisação desta sexta (29), realizar uma nova assembleia, com vigília na portaria do prédio a partir das 14h na frente do TRF-3, no dia da reunião.
“Essa é uma vitória importante, porque mostrou a força da união da categoria. Quando há organização, debate e mobilização a gente consegue chegar ao nosso objetivo. Mas é importante lembrar que a luta ainda é necessária porque esse recuo pode ser estratégico para depois trazerem medidas mais salgadas”, ressaltou o diretor do Sintrajud Dalmo Duarte.
O diretor do Sintrajud, Adilson Rodrigues, lembrou que além da mobilização, o sindicato buscou combinar várias formas de atuação para resolver o problema, cobrando abertura de negociação com a administração do TRF e do Conselho da Justiça Federal (CJF) em Brasília, onde procurou demonstrar, através dos estudos elaborados pela assessoria ecônomica do Sintrajud, que o aumento abusivo podia ter sido evitado, com melhor negociação do contrato junto à Amil e com o remanejamento de sobras orçamentárias para custear o alegado déficit de R$ 2,2 milhões.
A servidora e diretora da federação, Ana Luiza Figueiredo, chamou a atenção dos servidores de que a administração pode tentar dividir a categoria na reunião de semana que vem. “É importante lembrar que nós como indivíduo temos nossas limitações e com isso, perdermos força, ficamos fracos. Quando nos tornamos um coletivo, e agimos em grupo e com unidade, a coisa é diferente.”
“Vale lembrar que ganhamos apenas a primeira batalha. Por isso, todos os servidores precisam se conscientizar da importância da continuidade da mobilização pela luta pelos nossos direitos. Mais pessoas precisam se envolver nesta luta para pressionar a administração e assim chegarmos ao nosso objetivo”, disse o servidor Valdir Amado da Silva.
Saúde é bem fundamental do trabalhador – O TRF negociou a renovação do contrato com a Amil em condições muito desfavoráveis para os servidores. A partir da pressão de mobilização chamada pelo Sintrajud, demorou a abrir negociação e fornecer os documentos requeridos com todos os dados sobre o uso do plano médico, tendo finalmente tomado uma medida de bom senso, atendendo pedido de suspensão das medidas.
Ao convocar reunião para o dia 05/08 à administração tenta impedir a participação do Sintrajud e dos servidores da 1ª instância da Capital, que também são alcançados pelos aumentos abusivos. Mais uma vez o tribunal toma uma postura unilateral e excludente, o que é inaceitável. “Não aceitamos tratamento diferenciado”, disse o Coordenador Geral do Sintrajud Adilson Rodrigues.
Vale lembrar que esta postura, não pode tornar-se política de administração, pois o presidente Roberto Haddad tem negado sistematicamente em receber a direção do Sintrajud desde que assumiu em maio de 2010. Por isso não se sabe qual o grau de efetivo comprometimento dele na busca de solução para uma questão tão “cara” e importante como a saúde.
A luta pelo PCS – Ainda comemorando o resultado da luta, os servidores deliberaram que a partir de agora as próximas lutas serão combinadas com o calendário geral pela aprovação do Plano de cargos e Salários e manutenção dos demais direitos da categoria.
Fonte: Sintrajud Sinópse Eletrônica 01/08/2011