A direção do SINTRAJUSC reuniu-se nesta segunda-feira, 2, com o desembargador-presidente do TRT-SC, Edson Mendes de Oliveira, para conversar sobre a mobilização dos servidores e a Greve por tempo indeterminado.
O primeiro ponto apresentado pelo Sindicato foi o Comunicado emitido pelo TRT-SC aos servidores na semana passada, relativo ao registro das paralisações na frequência dos servidores, iniciativa que gerou críticas na Reunião Ampliada da Fenajufe realizada no final de semana.
Segundo o diretor-geral da secretaria, Ageu Raupp, os registros são necessários para controle de frequência, mas a secretária-geral da Presidência, Christiane Odebrecht, esclareceu que a finalidade do comunicado expedido pela Administração objetiva apenas o cumprimento de uma formalidade.
O Sindicato levantou o assunto porque o Comunicado passou a impressão de que o registro implicaria desconto, sem que antes tivesse havido possibilidade de negociação. Mas o presidente garantiu que o fato de haver o registro não quer dizer que haverá o desconto. Alertada sobre a atitude de chefias que estariam pressionando os servidores nesse sentido, a Administração enfatizou que eventuais descontos não são decididos por chefias. Ficou acertado que nenhuma medida, como desconto de dias parados, será tomada sem que haja negociação com o Sindicato ao final da mobilização dos servidores. O presidente também deixou claro que manterá aberto o diálogo e os canais de negociação.
Na reunião, os coordenadores Sérgio Murilo de Souza, Paulo Koinski, Ricardo Koneski e Daniel Ferreira apresentaram as reivindicações da categoria, com ênfase na data-base e na atual negociação em torno do substitutivo do PL 6613/2009. Sérgio Murilo também falou sobre a realidade dos servidores do Judiciário estadual, que têm reajuste anual e estão com seus salários encostando nos dos servidores federais, realidade bem diferente de anos atrás, tudo porque os federais não têm reajuste anual.
Ao final da conversa o presidente reiterou que o objetivo é que se evitem conflitos desnecessários e prejudiciais entre as partes envolvidas. “Não me parece inteligente que haja o conflito. Temos que procurar trabalhar em conjunto, porque integramos a mesma instituição. Embora a lei nos imponha balizamentos, temos que pautar nossas decisões pela razoabilidade”, disse o presidente. A reunião foi acompanhada pelo assessor jurídico do SINTRAJUSC, Fabrizio Rizzon.