Ao encerrar sua visita ao Gabão, segunda etapa da viagem à África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não é um país rico, “mas tem o dever moral, político, ético, histórico e humanitário de ajudar países pobres”.
— O fato de o Brasil ser um país pobre não significa que não pode ajudar outros países em condições similares ou até piores. E vamos fazê-lo. Por isso estamos aqui, para afirmar que o governo brasileiro vai tentar recuperar o tempo perdido, porque os governantes brasileiros só olhavam para o mundo desenvolvido – acrescentou Lula.
Após o encontro com o presidente Omar Bongo Ondimba, o presidente ressaltou que o Brasil poderá ajudar o Gabão em conhecimento tecnológico, na formação de profissionais e de empreendedores, e na parceria de empresas como a Vale do Rio Doce, para a exploração de manganês.
— É importante que olhemos o mundo desenvolvido, é importante que tenhamos negócios – e muitos negócios – com o mundo desenvolvido, mas é importante não esquecermos aqueles que historicamente estão ligados ao povo brasileiro – disse Lula.
O presidente brasileiro lembrou ainda que o Brasil ajudará o Gabão na construção de um laboratório para a fabricação de medicamentos utilizados no tratamento da Aids. E que também poderá estabelecer parcerias para financiar obras de infra-estrutura.
— Estamos dando um passo importante. O governo brasileiro e o do Gabão vão se reunir muitas vezes ainda. E esses encontros certamente produzirão efeitos econômicos que possam trazer benefícios para o povo dos dois países – afirmou.
Lula e a comitiva brasileira seguem agora para Cabo Verde, última escala da viagem à África. (Fonte: Correio do Brasil)