O novo Congresso recém eleito vai ter mais mulheres do que o atual – 45 congressistas. As bancadas ruralista e evangélica diminuíram e cresceu a bancada do diploma. Isto é, os deputados que têm nível escolar superior. Parlamentares jovens e mulheres como a deputada gaúcha Manuela D`Ávila são uma exceção. E vão ter que brigar para defender suas propostas.
“Eu vou ter a juventude, aqueles que me elegeram e o movimento estudantil do nosso país ajudando a construir as políticas com a cara que a gente quer”, afirma a deputada do PCdoB do Rio Grande do Sul Manuela D`Ávila.
Na Câmara, foram eleitas 45 mulheres, 3 a mais do que na última legislatura. O número de senadoras deve passar de 9 para 11, mas duas delas podem eleger-se governadoras e deixar tudo como está.
Os homens ocupam mais de 90% das vagas no Congresso, onde oito entre dez parlamentares têm curso universitário completo e idade entre 31 e 60 anos. Somente 12 deputados fizeram apenas o ensino fundamental.
Levantamento feito pelo Diap, entidade que pesquisa o trabalho dos parlamentares, há mais de 20 anos, mostra que os assalariados ocupam um espaço menor. O número de professores, bancários e funcionários públicos caiu de 97 para 86 deputados. Também foram reduzidas as bancadas dos sindicalistas, dos ruralistas e dos evangélicos.
Mais da metade dos parlamentares são profissionais liberais, como médicos, advogados e engenheiros. Mas o crescimento maior foi mesmo do número de empresários. Eram 104, agora são 121. Crescimento de quase 20%.
O Diap afirma que os empresários têm mais poder nos partidos e mais dinheiro nas campanhas.
“Seguramente, cada vez mais a economia e os homens de negócio estão interferindo na política”, explica Antônio Queiroz do Diap.
Fonte: Diap