Por Imprensa
Criar uma rede mundial para articular um movimento internacional em defesa da humanidade. Essa foi a principal resolução do Encontro de Intelectuais e Artistas, realizado entre os dias 1º e 7, em Caracas. A proposta será encaminhada, juntamente com as determinações tiradas das dez mesas de trabalho do encontro, por um escritório permanente que será instalado na capital venezuelana. “A idéia é coordenar grupos de trabalho que já existem em outros países para potencializar os movimentos de resistência à globalização neoliberal, que é o grande projeto dessa época”, explica o sociólogo argentino Atílio Boron.
Farão parte da agenda de mobilização da nova rede temas como a anulação da dívida externa dos países do terceiro mundo, as campanhas contra os tratados de livre comércio na América Latina e a defesa da soberania dos povos, em especial, a luta pela libertação dos povos do Iraque, Afeganistão e Haiti.
De acordo com o sociólogo belga François Houtart, a discussão sobre a formação da rede será ampliada no Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005, em Porto Alegre. “Temos que aproveitar as redes já organizadas em torno do Fórum para ampliar o poder de mobilização e tomar as rédeas para tornar efetivas as propostas”, disse Houtart.
Fonte: Jornal Brasil de Fato