Um manifesto foi lançado, nesta segunda-feira [21], em defesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST]. Assinado por mais de 400 pessoas, o documento conta com nomes de parlamentares, intelectuais, personalidades, membros da igreja e de entidades de direitos humanos. A cantora Beth Carvalho, o escritor uruguaio Eduardo Galeano e o bispo Dom Pedro Casaldáliga, assinaram a declaração pública.
Intitulado Manifesto em Defesa da Democracia e do MST, o documento é uma resposta à tentativa da instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito [CPMI] no Congresso Nacional, protocolada por parlamentares da bancada ruralista.
O manifesto afirma que a CPMI é uma represália do setor ligado ao agronegócio às pressões que o MST tem feito pela atualização dos índices de produtividade do campo. Segundo o texto do manifesto, “esse movimento paga diariamente com suor e sangue por sua ousadia de questionar um dos pilares da desigualdade: o monopólio da terra”.
O MST afirma que existe uma perseguição ao movimento, já que querem investigar o MST, no entanto a Confederação Nacional da Agricultura [CNA] nunca foi investigada. Indícios apontam que o órgão financiou a campanha eleitoral da senadora Kátia Abreu [DEM-TO], que é a atual presidente da CNA.
O manifesto a favor do MST foi encabeçado pelo presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária, Plínio de Arruda Sampaio, em conjunto com o membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo, Hamilton Pereira e o presidente e coordenador do núcleo agrário nacional do PT, Osvaldo Russo.
Fonte: Rádioagência NP