Por Marcela Cornelli
A greve no Judiciário cresce e se consolida, conforme a avaliação da Reunião Ampliada da Fenajufe, realizada sábado. Veja o quadro no verso. Em todos os estados a mobilização vai crescendo e esperamos até o final da semana a greve espalhada e fortalecida por todo o país.
Ao mesmo tempo, a Fenajufe em Brasília agiliza contatos com STF e governo para pressionar o Executivo a atender nossas reivindicações.
Em Santa Catarina, temos hoje reuniões nas três Justiças e no TRT tudo indica que devemos aprovar a greve por tempo indeterminado, como é desejo de inúmeros setores e varas do trabalho que preferem entrar de uma vez em greve do que fazer sucessivas paralisações parciais.
Por isso, é da maior importância que todos compareçam à assembléia setorial de hoje em frente ao TRT para tomarmos juntos esta decisão.
É da maior importância também que os companheiros do TRE e da Justiça Federal façam a discussão em seus locais de trabalho sobre a entrada na greve e participem hoje das reuniões setoriais para dar encaminhamento à luta.
O Judiciário é um dos poucos setores que ainda não tem resposta a suas reivindicações e isto só ocorrerá com o fortalecimento da greve.
Parece que ninguém está satisfeito com seu salário corroído a cada mês pelos aumentos de tudo a nossa volta.
Todos os setores da economia reajustam seus preços a cada “instabilidade do mercado”. Tudo é razão para aumentar preços: alta do petróleo, bombas no Iraque, eleição nos EUA, Valdomiro ou o whisky de Lula. A única coisa que não tem reajuste é o salário dos trabalhadores. Nossa única saída é fazermos com que a insatisfação se transforme num fato político do tamanho destes outros, capaz de influir na conjuntura como eles.
A greve do Judiciário é o nosso instrumento para impor mudança a nosso favor. Do contrário, continuaremos vítimas dos mercados que conseguem criar seus fatos políticos e garantir seus aumentos.
Da Redação