A greve do Judiciário Federal na Paraíba, deflagrada nesta quarta-feira [12], já tem clima de adesão total no Estado, segundo informou há pouco o Sindjuf-PB. Os servidores lutam pela aprovação do Plano de Cargos e Salários da categoria, em tramitação no Congresso, e contra o projeto de lei que pretende congelar por dez anos a remuneração no serviço público em todo o País [PLP 549/10].
Nas Varas do Trabalho, os servidores estão bastante mobilizados pela causa. A coordenadora-geral do Sindjuf-PB, Fátima Moura, ressaltou a importância do engajamento dos servidores para alcançar o êxito na tramitação do PCS. “Alegar questões orçamentárias não é desculpa pela não-aprovação do Plano. Diante da situação, mesmo com o desgaste, é preciso manter o movimento grevista”, enfatizou.
Em Itabaiana e Campina Grande, a Justiça do Trabalho e a Eleitoral também se encontram em total mobilização pelo Plano. De acordo com informações do coordenador jurídico do Sindjuf-PB, Washington Anacleto, o movimento tem surtido o efeito esperado, se difundindo pelo interior. Em Santa Rita, Mamanguape, Taperoá e Cajazeiras, também só funcionam os serviços essenciais do Judiciário Federal. O delegado sindical Nivaldo Correia informou que, em Itaporanga, o clima também é de intensa mobilização. Os locais de trabalho estão com faixas e distribuindo materiais informativos sobre a greve.
No TRE-PB, a adesão ao movimento grevista está em torno de 40%, mas a expectativa do diretor do sindicato e coordenador da Fenajufe, Marcos Santos, é que o movimento cresça amanhã [13]. “Hoje ainda é o primeiro dia. Então esperamos que ele aumente na Justiça Eleitoral”, disse Marcos.
Já na Justiça Federal, em reunião na tarde desta quarta-feira [12], os servidores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça [18], que é quando terminará o prazo de correição nas varas federais da Paraíba. No TRT em João Pessoa, as atividades encontram-se paralisadas.
TRT-13 suspende prazos processuais
A presidência do TRT suspendeu, nesta quarta-feira [12], devido ao movimento grevista, os prazos processuais do Tribunal, que se encontra, assim como as Varas do Trabalho, com apenas os serviços essenciais em funcionamento.
Distribuição de materiais
Uma das estratégias utilizadas pelo Sindjuf-PB tem sido a distribuição da cartilha de greve da Fenajufe e de diversos materiais, como bottons e abanadores que remetem ao movimento pelo PCS e contra o congelamento de salários. Os materiais são um apelo visual para o clima de mobilização dos servidores em toda a Paraíba.
Além disso, uma carta aberta está sendo distribuída pela categoria à população e foi publicada em jornal de grande circulação no Estado. O documento explica os motivos da greve em todo o País.
Fonte: Sindjuf-PB