A greve dos servidores públicos federais entra no 12o dia. Estão parados servidores do Executivo, Saúde, Seguridade Social e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O movimento, que começou de maneira parcial no último dia 02, está a cada dia ganhando novas adesões, principalmente nas capitais e grandes cidades do Sul e Sudeste.
O Rio Grande do sul está praticamente parado, segundo admite o próprio INSS. Enquanto isso, sobe o número de postos fechados em São Paulo. No Rio, além dos postos do INSS, duas unidades da saúde sob intervenção do governo federal aderiram ontem à greve nacional dos servidores da Seguridade Social, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social do Rio (Sindsprev/RJ). Já são 28 unidades federais e municipalizadas (ex-federais) paralisadas no Estado. Somando todas as unidades, o Sindsprev estima que a adesão dos servidores federais que trabalham em unidades do Sistema Único de Saúde [SUS] chegue a 65%. Seis dos oito maiores hospitais de emergência da rede estadual estão restringindo atendimentos por causa da greve.
Além do Rio de Janeiro, a greve do INSS atinge vários outros Estados. De acordo com quadro atualizado da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Servidores da Saúde, Previdência e Seguridade Social), a categoria está em greve no Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Sergipe e São Paulo. Da base da Fenasps, em vários Estados os servidores da Funasa [Ministério da Saúde] e da DRT [Ministério do Trabalho] também estão em greve.
O quadro de greve da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais [Condsef], que inclui funcionários dos órgãos do Executivo Federal, também mostra que a greve cresce em vários Estados. A adesão é maior nas unidades estaduais da Funai, Advocacia Geral da União, Ibama, Incra e Ministério da Fazenda.
Os servidores reivindicam recomposição das perdas acumuladas de 1995 até hoje, reajuste emergencial de 18%, incorporação das gratificações e definição de plano de carreira. Da mesma forma que a Fenasps, a Condsef encaminha a greve desde o dia 02 de junho.
Fonte: Fenajufe