Por Marcela Cornelli
A greve dos bancários completa nesta sexta-feira (24/9) 10 dias e se mantém forte em todo o país. São 24 capitais que aderiram ao movimento e outros 105 sindicatos do interior que abrangem várias cidades em suas bases. Nem mesmos os interditos proibitórios e forte repressão têm tirado o ânimo da categoria que fortalece a greve para forçar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a apresentar uma nova proposta, condizente com os lucros extraordinários do setor.
A proposta da Fenaban prevê 8,5% de reajuste e mais um adicional de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500. A categoria, que tem data-base para reajuste em setembro, pede 25% de aumento.
Ontem, as assembléias de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba (informações até o fechamento desta matéria) aprovaram a continuidade da greve que paralisa mais de 200 mil trabalhadores em todo o país.
Em São Paulo, a assembléia deliberou pela continuidade da greve e a realização de uma passeata nesta sexta-feira no centro de São Paulo. A concentração será às 14h, na praça Antônio Prado, em frente ao Teatro Municipal.
Em Brasília, a passeata ocorreu ontem com a presença de mais 4 mil bancários no Setor Bancário Sul, onde foi realizada a assembléia que confirmou a continuidade da greve, rumo ao Ministério da Fazenda. A passeata passou pela Rodoferroviária e teve o objetivo de divulgar as razões da greve e denunciar a ganância dos banqueiros.
Em Belo Horizonte, os bancários decidiram realizar hoje o “Dia do Vermelho”. No Rio, a greve já atinge 21 mil trabalhadores e está mantida para esta sexta-feira. No Rio Grande do Sul, os bancários denunciaram ao Ministério Público a utilização pelos patrões de métodos de repressão e assédio moral contra os bancários gaúchos. Em Porto Alegre, haverá passeata com concentração na praça da Alfândega, às 16h30min, e termina em frente ao Tribunal de Justiça, quando será entregue documento ao presidente do Tribunal, Osvaldo Stefanelo. Às 14h, haverá audiência com Secretário Adjunto da Justiça e Segurança do Estado, Flávio Medina Osório, para cobrar o fim da repressão da brigada militar. Nova assembléia no domingo, às 18h.
Em Pernambuco, a greve cresceu no interior, sobretudo nos bancos públicos, embora tenha refluído na capital, especialmente nos bancos privados. No Piauí e na Paraíba, o movimento também aumentou, assim como em diversas partes do país.
Fonte: Portal Vermelho, com informações da CNB/CUT