A greve dos técnico-administrativos de universidades públicas foi reforçada ontem (6) com a adesão de funcionários de 13 instituições. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), que coordena o movimento grevista, ainda não sabe dizer, entretanto, o percentual de servidores parados.
A greve foi aprovada no último fim de semana em uma votação apertada durante plenária nacional da categoria, em Brasília. O sindicato pede que do piso da categoria seja reajustado em, pelo menos, três salários mínimos. De acordo com Léia Oliveira, coordenadora-geral da entidade, hoje o vencimento desses servidores é R$ 1.034. “Temos o menor piso de todo o serviço público federal”, disse.
A entidade já tinha iniciado as negociações com o Ministério do Planejamento, mas segundo Léia Oliveira, não foi apresentada uma contraproposta às revindicações dos profissionais. “O eixo principal da pauta é que haja uma garantia de previsão do reajuste da categoria na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] de 2012, que já está sendo trabalhada pelo governo”, afirmou. Uma reunião com os ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento estava marcada para hoje (7). “Esperamos que seja uma negociação rápida”.
De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), ainda não há informações de que o movimento grevista esteja afetando o funcionamento das universidades. “Esperamos que o governo abra o diálogo o mais breve possível, sabemos que a negociação estava indo por um bom caminho”, disse o secretário executivo da entidade, Gustavo Balduíno. Ele afirmou que os reitores não têm autonomia para resolver o problema, mas que a Andifes procura intermediar a interlocução dos funcionários com o governo.
“Essa é uma situação que não temos os instrumentos para resolver, mas temos que administrar”, disse. O Ministério da Educação (MEC) foi procurado pela reportagem, mas não se posicionou sobre o assunto. “Os técnicos são muito importantes para fazer a universidade funcionar plenamente. Felizmente hoje a categoria tem uma maturidade para entender que o adversário não é a universidade, tampouco os alunos. Eles têm tido a prática de administrar o processo de forma a não trazer prejuízo ao ensino e à pesquisa”, disse Balduíno.
(Fonte: Amanda Cieglinski – Agência Brasil )
7/6/2011