Por Marcela Cornelli
Ativistas do Greenpeace continuam no Porto de Paranaguá impedindo a entrada do navio Global Wind, de bandeira Argentina. O navio, carregado com 30 mil toneladas de soja transgênica, veio ao porto paranaense para carregar mais 10 mil toneladas de soja, no chamado mercado “spot”, que completa a carga.
Os ativistas estão se revezando desde a manhã de ontem, ao se prenderem à corrente da âncora do navio carregando uma faixa que identifica a carga como transgênica. O Greenpeace quer acabar com o mercado “spot”, porque avalia que esse mecanismo da mistura de grãos pode provocar sérios prejuízos à soja convencional exportada por Paranaguá.
Segundo a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace,
Mariana Paoli não há prazo definido para encerrar o protesto. “O Greenpeace não vai permitir que transgênicos vindos de outras partes do Brasil e do mundo contaminem o único porto não transgênico do Brasil, que é Paranaguá”, afirmou.
São três as reivindicações do movimento ecologista: que o governo federal proíba de forma definitiva operações de completar de cargas nos portos; que apóie as iniciativas do governo do Paraná e da Administração do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa), que estão, segundo o Greenpeace, evitando a exportação de soja transgênica; e coloque em prática medidas de controle e fiscalização para a soja transgênica do Rio Grande do Sul, para que ela seja devidamente rotulada para a venda nos mercados interno e externo.
Fonte: Agência Brasil