Atualização às 10h15 de 14/12/2017
Um sinal evidente de que o governo enfrenta grandes dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência foi um atrito público entre o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ministro da Economia, Henrique Meirelles. Jucá anunciou que a reforma só será votada em fevereiro de 2018. Segundo ele, a decisão de adiar a votação foi acordada entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Pouco depois, o ministro da Economia contrariou Jucá, afirmando que o governo insiste e continua trabalhando para votar a reforma na próxima semana. Segundo Meirelles, Jucá apenas “expressou sua opinião”.
Oficialmente, o Planalto nega que a votação será adiada. Assim, a leitura do novo texto da reforma pode ocorrer hoje pelo relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), na Câmara.
Nos últimos dias, o governo e líderes da base aliada vinham sinalizando que, por falta de apoio, a votação do texto poderia ficar para o ano que vem. Mas nada está confirmado. Mesmo com a compra aberta de votos, com o apoio massivo da mídia e com milhões gastos em uma propaganda enganosa, não conseguiu atingir os 308 votos necessários na Câmara.
Com informações do Correio Braziliense