No sábado, dia 25, realizou-se a Plenária da Cnesf, em Brasília, com a presença 194 servidores públicos federais. Depois de uma semana de intensa mobilização, os servidores decidiram manter a greve nos segmentos que já entraram desde o dia 2 de junho e indicar o dia 4 de julho como data-limite para que os outros segmentos aderirem.
A reunião extraordinária da Mesa Nacional de Negociação Permanente não trouxe nada de novo. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou mais uma vez que não há dinheiro no orçamento de 2005. Afirmou também que o governo não vai negociar em separado com os segmentos que estão em greve. Ao ser questionado sobre os valores contingenciados e quanto à arrecadação recorde dos últimos meses, o ministro disse que não é possível ao governo conceder reajuste este ano, porém, abria a possibilidade de iniciar negociações sobre o orçamento de 2006 para que conste verba suficiente para reajustar o salário dos servidores. Nova reunião ficou marcada para o dia 29 de junho, já que os servidores reafirmaram que o reajuste deve ser ainda em 2005. Foi aprovado na Plenária o indicativo de que os estados realizem atos unificados no dia 29 de junho para pressionar os representantes do governo na Mesa durante a reunião.
A representante da CUT informou que na reunião entre a Coordenação dos Movimentos Sociais e o presidente Lula, o representante da CUT cobrou a abertura de negociações com os servidores em greve, repudiou o uso do decreto de FHC que corta o ponto dos grevistas e exigiu o descontingenciamento de valores do orçamento a fim de propiciar o reajuste do salário dos servidores públicos federais. O presidente ficou de conversar com os ministros do Planejamento e Fazenda sobre o assunto.