Por Marcela Cornelli
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA propôs ontem que as conversas via Internet estejam sujeitas à vigilância da polícia e dos serviços de espionagem, sem autorização judicial.
A FCC iniciará hoje um período de debate público sobre a determinação de ontem, antes de anunciar uma decisão final.
A junta que dirige esse órgão federal americano determinou, por votação unânime, que as empresas que prestam o serviço garantam o acesso às autoridades, de tal forma que possam investigar conversas via Internet que, por algum motivo, levantem suspeitas.
Assim, os provedores de serviços de telefone por Internet, conhecidos em Inglês por VoIP (Voice over Internet Protocol), estarão sujeitos a uma lei federal de 1994 que permite às autoridades um acesso maior às tecnologias de ponta.
O Departamento de Justiça, o Birô Federal de Investigações (FBI) e outras agências federais insistem em que o governo lhes permita acesso a esse tipo de telecomunicações, argumentando que isso serviria à segurança da nação.
Mas os grupos que representam esse setor na Internet consideram que essa regulação excessiva do governo poderia prejudicar os serviços.
Após surgirem e se desenvolverem como apenas mais uma moda nerds, os serviços “VoIP” confirmam uma tendência global no setor de telecomunicações, sendo adotados por um crescente número de empresas nos Estados Unidos.
A Comcast, por exemplo, começou a fornecer “VoIP” em três mercados americanos e pensa em ampliar os serviços para todos os seus clientes no país, um número que supera 1,2 milhões.
Essa tecnologia permite a transmissão rápida de chamadas telefônicas, da mesma maneira que a usada para enviar e-mails, via conexão de banda-larga. A tecnologia oferece também a vantagem de oferecer preços mais baixos que os das chamadas através das linhas convencionais.
Fonte: Portal Vermelho