Os Sindicatos iniciam fevereiro com a organização da luta em defesa dos serviços públicos, atacados e ameaçados por medidas já implementadas ou propostas pelo governo, como o Plano Mais Brasil e a Reforma Administrativa, prevista para tramitar a partir do mês que chega.
Nesta segunda-feira, a imprensa publicou declarações de Jair Bolsonaro afirmando que “o mais importante” agora, em relação à Reforma Administrativa, será “a guerra de informação”. O governo está ensaiando um suposto recuo em relação a temas como mudanças de salários de servidores e os processos de avaliação de desempenho e progressão de carreira, alegando que as medidas serão para quem entrar no serviço público daqui para a frente.
Mas não dá para se fiar nessa conversa. Em notícia publicada hoje na Folha de S. Paulo, o jornal diz que, em “um segundo momento, o governo enviará ao Legislativo uma série de projetos de lei para regulamentar esses comandos ou para alterar regras que não dependem da Constituição”. Ou seja, nada garante que as medidas não venham a atingir os atuais servidores.
A Folha afirma que a reforma é “considerada sensível” porque “atinge uma categoria que tem forte lobby no Congresso”. A Frente Parlamentar do Serviço Público tem 255 deputados, quase metade do total de 513. Destaca ainda o jornal: “Outro ponto levado em consideração é o fato de as mudanças de regras atingirem não apenas os servidores do Poder Executivo mas também os do Judiciário, grupo bem organizado, e o Legislativo, que atuam diretamente em contato com os parlamentares”.
A menção ao Judiciário remete à capacidade de organização e luta da categoria, que já barrou outras propostas do tipo, em especial no governo de Fernando Henrique Cardoso, como o Sintrajusc irá mostrar nos próximos dias. Agora é hora de, mais uma vez, se preparar e barrar os ataques!
Com informações da Folha de S. Paulo