Por Marcela Cornelli
A organização do Fórum Social Mundial está preparando um grande esquema de segurança para os participantes da quarta edição do evento que acontecerá na Índia. A preocupação se revela após o atentado terrorista em Mumbai.
O lançamento da quarta edição do Fórum Social Mundial acontece amanhã, dia 2 de setembro, simultaneamente, em diversas cidades do mundo, sendo a primeira vez que o evento é organizado fora do Brasil. Francisco Whitacker, membro da comissão organizadora, informou que o local demorou cerca de dois anos para ser escolhido e que são esperadas cerca de 75 mil pessoas. Na última edição do Fórum, em Porto Alegre, foram recebidas mais de 100 mil pessoas na capital gaúcha.
“A realidade político social é muito diferente lá na Índia. Contudo, nossos trabalhos serão centrados no mesmo caminho: na busca de um mundo de justiça, paz e que não seja controlado pelo mercado financeiro. O Fórum é um alerta, um espaço aberto, onde se respeita as diversidades e diferenças, em busca de alternativas. Esse é o grande processo do fórum, onde todas as pessoas e entidades engajadas nessa luta possam se encontrar e trocar experiências”, pontua o coordenador.
O Fórum Social Mundial, que acontece entre os dias 16 e 21 de janeiro de 2004, será dividido em quatro painéis: Militarização, guerra e paz; Mídia, informação, conhecimento e cultura; Democracia, segurança ambiental e econômica; e Exclusão, discriminação, dignidade, direitos e igualdade.
A comunicação entre os participantes também é um ponto de preocupação para a
organização. “Já existe uma série de articulações com redes. Apesar da dimensão, isso tudo se resolve pelo interesse das pessoas. Vai ser novamente um fenômeno”, acredita o coordenador.
Em São Paulo, o lançamento será realizado no Teatro da Universidade de São Paulo (TUSP), às 19 horas, com um debate com Boaventura de Souza Santos, Cristophe Aguiton, Fátima Mello, Maria Elisa Cevasco e Teivo Teivainem. O tema da discussão é “De Porto Alegre a Mumbai: perspectivas do Fórum Social mundial e do Movimento Antiglobalização”.
Fonte: Agência Brasil