Na tarde de ontem (12), mais de três mil pessoas, em maioria trabalhadoras e trabalhadores da educação estadual, participaram de manifestação que reagiu ao pacote de medidas anunciado pelo governador Jorginho Mello no último dia 6 de setembro.
Apesar do anúncio ter ocorrido na véspera do “feriadão”, a resposta das categorias que fazem parte do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público foi rápida, apenas seis dias depois, e denunciou que o aumento escalonado da faixa de isenção dos 14%, só para 2026, não é suficiente.
Do alto do carro de som, o coordenador geral do SINTE-SC, Evandro Accadrolli, “o pacote de Jorginho só veio por causa da nossa mobilização. Agora, vamos continuar pressionando para que o reajuste do vale alimentação e o aumento da faixa de isenção dos 14% sejam para já e não para 2026”.
SUPERÁVIT DO PRIMEIRO SEMESTRE GARANTE IMPLEMENTAÇÃO IMEDIATA DO PACOTE
De acordo com o DIEESE, no balanço do primeiro semestre de 2023, o governo estadual arrecadou R$ 2,56 bilhões a mais do que esperava. Só essa “sobra de caixa” cobriria os R$ 1,9 bilhão que Jorginho anunciou como sendo o custo do pacote diluído em três anos.
DEZ MIL VAGAS NA EDUCAÇÃO NÃO ACABAM COM DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO
A promessa de substituição dos 32 mil temporários da educação por 10 mil efetivos foi anunciada para o ano que vem, mas o quantitativo segue insuficiente para cobrir o chamado “déficit” do Iprev-SC que os governos criaram com a política de não realizar concurso público. Além disso, outras categorias com muitos temporários como, por exemplo, os agentes penitenciários, não foram contemplados com a promessa de concurso.
Bruno Cruz/ Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público