Na semana passada a Fenajufe se reuniu com o novo diretor geral do STF, já indicado pela nova presidente Ellen Gracie que tomará posse na próxima quinta-feira. A Ministra indicou o novo diretor como interlocutor junto à Fenajufe e mandou recado que estava preocupada com a paralisação marcada para o dia da posse. Os representantes da Fenajufe disseram que a paralisação já estava marcada e que o movimento tem por objetivo aprovar o PCS e não o de se opor ao STF que aliás é o autor do projeto.
O Diretor Geral se comprometeu a falar ainda antes do feriadão de Tiradentes com o Presidente da Comissão de finanças onde dorme o projeto e, em nome do Supremo Tribunal Federal, com aval da Presidente eleita, pressionar para que o projeto seja colocado em pauta até o dia 26, véspera da posse e primeiro dia da paralisação de 48 horas. Além disso marcou nova reunião para hoje quando informará a Fenajufe do andamento de tais negociações.
Assim que tivermos alguma notícia nova sobre a reunião, durante o dia de hoje, informaremos pela página do Sintrajusc e via correio eletrônico.
Estes fatos recentes deixam evidente que é só com mobilização que as coisas funcionam. O Congresso é uma arena política, e política se faz com pressão. Nessa arena a força dos servidores vem da disposição de fazer mais uma Greve do Judiciário.
A marcação da paralisação de 48 horas, antes mesmo que ela acontecesse já mostrou sua força, colocando o STF a pressionar o Congresso. Entretanto, para que tenhamos garantia de sucesso, é preciso fazer com muita força esta paralisação em todo o país e estarmos preparados para a greve por tempo indeterminado no início de maio.
Sabemos que a aprovação na Comissão de finanças é o primeiro passo a partir de agora, mas é só o começo. Depois ainda tem a Comissão de Constituição e Justiça e se necessário, o Plenário da Câmara. Depois tem o Senado. Em geral a negociação com o governo se dá durante o processo na Câmara e, uma vez aprovado pelos deputados, no Senado é mais fácil pois já chega com aval do Executivo que é o maior obstáculo.
Todos conhecem o conteúdo do PCS e as novas tabelas. Está na página do SINTRAJUSC para quem ainda não viu. Não é preciso convencer ninguém que a situação salarial está complicada, principalmente de quem entrou no Judiciário depois dos cortes de direitos feitos por FHC em 1998. Cada um conhece sua própria conta bancária e sabe disso.
Há quem diga que greve não funciona mais e que devemos procurar outras formas de luta. Essa conversa não é nova. Sempre ouvimos coisas assim quando se fala em greve. Mas a verdade é que até hoje, a única coisa que funcionou e fez nosso salário se recuperar, foram as greves que fizemos.
Portanto, quem ainda não decidiu aderir à paralisação, tem dois dias para pensar no assunto, acompanhar os acontecimentos e tomar sua decisão de deixar sua marca positiva nesta luta.
Precisamos de todos.