Cobrar uma resposta efetiva à categoria quanto à recomposição dos salários e outras pautas importantes para a categoria, como o NS. Foi com esse objetivo que a Fenajufe se reuniu na tarde desta segunda-feira, 4, com o chefe de gabinete do Ministro André Mendonça, do STF, Rodrigo Sorrenti Hauer. Pela Fenajufe, participaram as coordenadoras Lucena Martins e Soraia Marca e o coordenador Fabiano dos Santos.
O momento foi de reafirmar ao gabinete de André Mendonça a importância dos pleitos da categoria, relegados ao esquecimento pelo Tribunal. No caso da recomposição salarial, as perdas acumuladas já colocam servidoras e servidores do Judiciário – e também do MPU – em situação muito precária. A Fenajufe defendeu a existência de recursos financeiros, comprovadamente demonstrados em fartos estudos técnicos realizados pelas assessorias da Federação.
Quanto à alteração do critério de escolaridade para ingresso na carreira de Técnico, mais uma vez a Fenajufe lançou mão dos estudos da assessoria técnica especial de gestão, para defender não só a necessidade frente ao momento de ampla modernização pelo que passa a carreira, como forma também de suprir a necessidade da população, com atendimento ainda mais qualificado.
Os dirigentes ainda chamaram atenção sobre o ambiente organizacional tenso que está se formando nos quadros do PJU, uma vez que nem a pauta que não gera despesas está recebendo a atenção devida dos ministros do STF.
Ainda sobre o NS, os dirigentes reafirmaram a necessidade urgente de uma resposta do Tribunal à categoria, por se tratar de um pleito com mais de 10 anos de reiterados pedidos de avanços, nunca atendidos.
Por sua vez, Sorrenti se mostrou receptivo ao debate, pontuando que o gabinete precisa dos estudos realizados como forma de balizar a formação de entendimento do ministro nessas questões.
Cobrado quanto a uma posição acerca da afirmação de Fux de que ministros da Corte seriam contrários ao reajuste e se André Mendonça também estaria entre esses ministros, o chefe de gabinete foi direto ao responder que no que diz respeito a Mendonça, uma solução poderá ser construída, principalmente através do debate.
Ao final, acertou-se que a Fenajufe encaminhará todos os estudos disponíveis sobre as pautas tratadas e, havendo necessidade, um encontro presencial poderá ser organizado.
Mobilização intensa
A agenda ampliada da Fenajufe de buscar reuniões com todos os agentes políticos envolvidos nos processos relativos às pautas da categoria é intensificada a partir da reunião com o presidente do STF na sexta-feira, 1º. Ali, Fux afirmou categoricamente que ministros e ministras da corte são contrários ao reajuste buscado pelas servidoras e servidores. Posição essa que, na avaliação da Fenajufe, parte do absoluto desconhecimento da realidade da categoria, massacrada por perdas salarias cujas projeções até dezembro de 2022 apontam para um buraco de 30,66% de perdas acumuladas do poder aquisitivo.
Outras reuniões com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram solicitadas. A Fenajufe orienta aos sindicatos a também intensificarem o trabalho de sensibilização das bases quanto à necessidade de mobilização rumo à construção do 3 de agosto, dia do apagão no judiciário e MPU.