Fazendo escola: cine-debate Sobre Viver exibe “A Febre” nesta quarta (27)

Na próxima quarta-feira (27), o Fazendo Escola – Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo e o Laboratório de Sociologia do Trabalho da UFSC (LASTRO) exibem o filme “A Febre” (2019) da diretora Maya Da-Rin, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2021 na categoria de melhor longa-metragem de ficção.

O filme retrata a história de Justino (Regis Myrupu), vigilante em um porto de cargas que vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua única companhia tem sido sua filha Vanessa, que está de partida para estudar medicina em Brasília. Justino se esforça para manter-­se concentrado no trabalho porém é tomado por uma febre forte e acredita estar sendo perseguido. O filme apresenta um elenco composto majoritariamente por indígenas, com destaque para atuação de Regis Myrupu, premiado como o melhor ator do Festival de Locarno (2019).

“A Febre” será exibido gratuitamente na sede do auditório do SINJUSC, às 19h, na Avenida Mauro Ramos, nº 448, em Florianópolis. Também haverá transmissão online, para assistir se inscreva AQUI. Após a sessão, será realizada uma roda de conversa com mediação da liderança indígena Ingrid Sateré Mawé, da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).

Cine-debate Sobre viver: O cinema do/a trabalhador/a!

O cine-debate é resultado da parceria entre universidade e sindicatos e tem o objetivo de oferecer um espaço de formação e cultura através da exibição de filmes que retratam a vida da classe trabalhadora. Nesta segunda edição, foram selecionados quatro filmes nacionais contemporâneos com pouca circulação nas salas comerciais de cinema que trazem a temática da saúde do/a trabalhador/a. O primeiro filme da mostra foi “Marte um” (2022), de Gabriel Martins, que representou o Brasil na lista de pré-indicados à melhor filme estrangeiro no Oscar 2023.

Programação:

HOMEM ONÇA (2021) – 31 de Outubro – 19h00

Dirigido por Vinícius Reis, Homem Onça tem como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro na década de 1990, um período marcado pelos avanços neoliberais no governo de FHC. O longa conta a história de Pedro, servidor de uma estatal prestes a ser privatizada. Nesse cenário, o protagonista é obrigado a demitir sua equipe e se aposentar precocemente.

Frente a incerteza do futuro e acometido por uma doeça de pele, resolve retornar a cidade natal, onde encontra um antigo amor e a onça pintada de sua infância. Homem Onça se define como uma fábula sobre a era das privatizações no Brasil.

QUANDO FALTA O AR (2023) – 30 de Novembro – 19h00
(Este filme não será transmitido de forma remoto)

“Quando Falta o Ar”, dirigido pelas irmãs Ana e Helena Petta, é um retrato sobre os trabalhadores e, principalmente, as trabalhadoras que atuaram na linha de frente do SUS durante o combate à pandêmica de Covid-19. Premiado e pré-selecionado para representar o Brasil no Oscar na categoria de melhor documentário, o longa revela o cotidiano de profissionais da saúde na luta coletiva contra o vírus, trazendo um retrato das desigualdades sociais e do racismo estrutural que marcam o Brasil.

Com um enorme potencial para colocar o SUS e o direito à saúde em debate, o documentário registrou equipes atuando nos estados de Amazonas, Bahia, Pará, Pernambuco e São Paulo.

Com informações, Lastro e Sinjusc