Os professores das universidades federais estão em greve por tempo indeterminado desde a última quinta-feira, 17 de maio. A paralisação segue decisão do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior [Andes-SN], que representa a categoria em todo o país. Na avaliação da entidade, a greve já conta com uma boa adesão da categoria. “Em poucos momentos da nossa história começamos uma greve com tanta força como estamos agora”, avalia o 2º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul, Carlos Alberto da Fonseca Pires, que está em Brasília participando do Comando Nacional de Greve [CNG].
A partir de sexta-feira [18] também paralisaram suas atividades os docentes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, da Universidade Federal de Pernambuco, da Universidade Federal do Acre e das seções sindicais de Juazeiro, da Universidade Federal do Vale do São Francisco; e de Catalão, da Universidade Federal do Goiás. Até a última sexta-feira [18], pelo menos 33 instituições federais de ensino já estavam em greve.
Deliberaram entrar em greve nesta segunda-feira [21], por exemplo, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal de Juiz de Fora. Os docentes da Universidade Federal Fluminense vão paralisar a partir desta terça-feira [22]. “Quem estava em dúvida se era oportuno entrar na greve, agora, devido à força inicial, tem decidido pela paralisação”, analisa Pires.
Ainda na quinta-feira, o Comando Nacional de Greve aprovou uma nota fazendo um balanço do primeiro dia e apontando as razões da paralisação. Para o CNG, a força dos primeiros dias de paralisação “demonstra de forma contundente e inequívoca a indignação que tomou conta da categoria depois de tantas tentativas de negociação com o governo sem resultados concretos. A precarização das condições de trabalho nas instituições federais de ensino vem se agravando dia a dia com falta de professores, de salas de aula, de laboratórios e até mesmo materiais básicos para funcionamento”.
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