2022 marca os 25 anos do Sintrajusc, que nasceu da fusão dos sindicatos e associações dos trabalhadores das esferas Trabalhista, Federal e Eleitoral, durante o I Congresso dos Trabalhadores Federais, realizado em 30 de agosto de 1997. Por isso, o Sindicato está organizando a comemoração da data.
Nesta quinta-feira (5/5), continuamos a série de depoimentos “Recordações e história”. Confira!
Adailton Pires Costa, filiado ao Sintrajusc e servidor do TRT-SC:
Nas últimas décadas tivemos muitas mudanças bruscas de governo, com anos de gestões mais à esquerda e outras mais à direita. No período em que acompanhei mais de perto a atuação do Sintrajusc, especialmente na última década, o que mais me chamou a atenção foi a coerência e compromisso que a direção de nosso sindicato teve com a luta por melhores condições de vida e trabalho para os servidores, independentemente de quem estava no poder executivo. Não importava de onde viesse o retrocesso, de onde viesse a contrarreforma, de onde viesse o assédio, lá estavam os dirigentes do nosso sindicato chamando para o movimento, para a greve, para a luta em suas diversas formas e espaços. Ao contrário de alguns servidores isolados, que se movem por ódio ou amor cego a um político, nosso sindicato sempre se moveu por algo acima dessas paixões: a organização de classe dos trabalhadores e trabalhadoras. Não foram poucas as vezes em que me deparei com a Adriana ou a Denise sozinhas em frente ao Tribunal, chamando para a luta nesses anos todos. No final do movimento o pátio até ficava cheio, mas alguém sempre tinha que dar o passo inicial e elas nunca se omitiram dessa tarefa, junto com Koinski e outros lutadores valorosos. Tivemos vitórias e derrotas, mas nunca esmoreceram. Isso tudo é exemplo que levo para a vida, bem guardado na memória. O Sintrajusc é um exemplo de que existe sindicato com autonomia e combatividade, que não perde a batalha nem a ternura. Não tenho dúvida de que ele tem sido essencial nesses 25 anos não só para a conquista de cada um dos direitos de nossa categoria, mas também para a formação de consciências críticas e combativas, que não aceitam menos do que o impossível.