Delegados da Plenária da Fenajufe participam do Dia Nacional em Defesa dos Direitos

Os participantes da XXI Plenária Nacional da Fenajufe participam, na tarde desta sexta-feira, 10, em Campo Grande, do Dia Nacional de Paralisações e Mobilizações contra as reformas e pela valorização dos trabalhadores.

 

A abertura da XXI Plenária Nacional da Fenajufe na noite da quarta-feira, 9, reuniu representantes de sindicatos de servidores do PJU e MPU de todo o país, bem como convidados de diversas entidades, incluindo organizações sindicais da Argentina e do Uruguai. Santa Catarina está representada por delegação aprovada em Assembleia. O Sintrajusc defendeu que os delegados reunidos na plenária participassem do Ato.

Na abertura da plenária, o sentimento predominante foi o de gravidade do momento pelo qual passam os trabalhadores brasileiros – em especial o funcionalismo público – e a necessidade de união em torno da luta pela preservação de direitos.

O coordenador da Fenajufe Marcos Santos enfatizou que o Brasil passa pelo pior momento da história, e que cidadão brasileiro não acredita mais em melhorias. Marcos comentou que os servidores não podem ficar parados “à espera de um milagre” e concluiu ao dizer que chegou o momento de juntar forças para levar o povo novamente às ruas de todo o País.

Continuando as falas, a coordenadora Adriana Faria, comparou o presidente Temer como uma pessoa que levou tiros em uma batalha, mas que continuou atirando e ainda conquistando vitórias. Na indagação a Coordenadora que essa ação prejudica todos os trabalhadores brasileiros. Adriana falou que a mulher é grande alvo em todas as Reformas de Temer e também na terceirização e finaliza apontando que existem inúmeros ataques aos servidores, dando exemplos como o aumento da alíquota previdenciária, o adiamento dos reajustes dos servidores e as reformas trabalhista e da previdência, além, é claro, da EC 95, de congelamento de gastos.

O coordenador Rodrigo Carvalho enfatizou que a mobilização da categoria tem caráter primordial e urgente. Para ele, se os servidores deixarem de reagir agora, em 2018 será  muito difícil por se tratar de ano eleitoral.

A coordenadora Mara Weber discorreu sobre a forma como foi construído o ataque aos servidores a partir da Emenda Constitucional 95. A dirigente destacou ainda em sua fala que o inimigo não é o servidor do judiciário e do MPU, mas está lá fora e são os donos dos poder. Mara reforçou a necessidade de união dos trabalhadores para se protegerem da retirada de direitos.

Já o coordenador Cristiano Moreira alertou que enquanto a categoria se reunia na abertura da Plenária, os inimigos estavam no Congresso Nacional discutindo quantas malas de dinheiro e quantos carros de luxo estavam sendo negociados em troca da Reforma Trabalhista. Outro alerta feito pelo dirigente foi quanto ao excesso de divergência de ideias dentro da categoria e que os servidores precisam buscar um caminho em comum para a construção do movimento de resistência. Para ele, essa Plenária Nacional precisa ser um divisor de águas na organização da nossa categoria.

Último a se pronunciar, o diretor do Sindjufe (MS), Antônio Medina, avaliou que está acontecendo uma avalanche na retirada dos direitos trabalhistas. Medina falou da emoção quanto a presença de todos no estado do Mato Grosso do Sul para o evento.

Das análises, uma certeza: com o governo avançando sobre os servidores e patrocinando a privatização do serviço público, o único caminho para barrar os ataques é a união com forte mobilização. Do contrário, novas reformas, MPs e outras medidas para subjugar e enfraquecer os trabalhadores serão editadas, com apoio do Congresso Nacional e do STF, para satisfação do apetite do alto empresariado e dos financistas.

Fonte: Fenajufe