CUT quer realizar marcha à Brasília pelo salário mínimo

Por Imprensa

O presidente nacional da CUT, Luiz Marinho, apresentou aos dirigentes das confederações, federações e sindicatos cutistas que participam do seminário “Estratégia e Organização da CUT; Construindo o Futuro”, proposta de mobilização para a recomposição do salário mínimo, ainda este ano, antes da votação do Orçamento da União de 2005.

A CUT está propondo que o movimento sindical organize uma caravana à Brasília para, em audiência com ministros e com o próprio Presidente Lula, discutir a inclusão do reajuste do mínimo às discussões do Orçamento.

Segundo Marinho, os manifestantes seguiriam, em caravana, até Goiânia ou a entrada de Brasília para, em seguida, os manifestantes caminharem até a Esplanada dos Ministérios. Os participantes do seminário discutirão, amanhã à noite, os detalhes da manifestação.

“O País precisa ter uma política gradativa de recomposição do valor do salário mínimo e essa discussão precisa estar vinculada ao Orçamento”, disse Marinho, que lembrou das discussões que teve no início do ano, quando considerou hipócrita os debates que resultaram no reajuste do mínimo para R$ 260,00.

Imposto

Outra discussão que a CUT quer ver debatida, ainda este ano, com o governo federal é o reajuste da tabela do Imposto de Renda. “Não aceito que só porque apenas 4 milhões de pessoas pagam o IR no Brasil, não possa haver correção da tabela”, protestou Marinho.

O dirigente alertou para o fato da CUT estar tentando sair do debate teórico sobre a necessidade do governo mudar a política econômica, para encontrar propostas concretas que, se colocadas em prática, efetivamente mudariam esta política. “Isto vale para a recomposição do mínimo, da correção da tabela do IR e outras negociações”, disse.

“Nós estamos avisando, se o governo quer colocar a cabeça no buraco, saiba que a CUT não vai colocar a cabeça dela junto”. Marinho disse que a Central não pode sair desgastada do processo, Lula se reelegendo ou não. “Vamos continuar cobrando e exigindo do governo as mudanças que achamos necessárias”, afirmou.

Fonte: CUT Nacional