As lideranças da CUT Nacional estão em Brasília, a partir de hoje, 3 de julho, em mobilizações para defender a pauta de reivindicações definida para este primeiro semestre. As intervenções vão se dar no Fórum Nacional da Previdência, hoje e, na quarta-feira, 4 de julho, na Ocupação Pacífica do Congresso Nacional e em uma panfletagem na Rodoviária de Brasília, no final da tarde. Ao longo desses dois dias, e com encerramento previsto para quinta, acontece, também, a reunião da Executiva Nacional da CUT, também em Brasília.
Nesta terça, a CUT e outros representantes dos trabalhadores apresentam, durante a 8ª reunião do Fórum Nacional da Previdência um estudo que comprova não apenas que o Orçamento da Seguridade Social é superavitário, mas também que o uso da DRU [Desvinculação das Receitas da União] tem desviado recursos constitucionalmente destinados apenas à Seguridade Social. Os dados que serão apresentados demonstram que, portanto, a União também é devedora do sistema.
Segundo a CUT nacional, os dados foram elaborados pela professora Denise Lobato Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Denise estará presente também na reunião do Fórum, junto com as lideranças sindicais.
À tarde, após a divulgação dos números, o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, e a professora Denise falarão à imprensa.
O objetivo da CUT é convencer os demais participantes do Fórum – governo e empresariado – de que a Previdência Social deve ser analisada como integrante de um sistema amplo chamado Seguridade Social [como definido pelo artigo 195 da Constituição], e que seu orçamento é superavitário.
Portanto, na avaliação da diretoria da CUT, as propostas de retirada de direitos, ainda que futuros, não se sustentam. A CUT é contra a retirada de direitos e defende que a inclusão dos trabalhadores que atualmente não contribuem para a Previdência é o único caminho para se fazer justiça social, ao mesmo tempo em que garante a futura saúde financeira do sistema.
Para o presidente da CUT, Artur Henrique, o momento político atual é diferente daquele, e como reflexo da mudança de conjuntura e com o acúmulo dos debates que a Central está desenvolvendo, a intervenção ganhou maior densidade. “Estaremos pressionando os congressistas para convencê-los a votar de acordo com os interesses da maioria do povo, na medida em que os assuntos chegarem às discussões da Casa”, enfatiza Artur.
Ocupação do Congresso Nacional
Nesta quarta-feira, 4 de julho, lideranças da CUT vindas de todas as regiões do Brasil vão realizar a chamada ocupação pacífica no Congresso Nacional. Percorrerão gabinetes e comissões para pressionar os parlamentares a votarem a favor de interesses da classe trabalhadora. O tema da atividade é “Vote com a CUT”. Veja os pontos que a CUT irá defender na ocupação pacífica:
– Contra a emenda 3 e a favor do veto presidencial
– Pela retirada do PLP 01/07
– Pela negociação coletiva no setor público
– Pelo direito irrestrito à greve no setor público
– Por uma Previdência Social Pública, universal e sem retirada de direitos
– Por uma educação pública de qualidade
– Pela retirada do PLP 01/07
– Pela negociação coletiva no setor público
– Pelo direito irrestrito à greve no setor público
– Por uma Previdência Social Pública, universal e sem retirada de direitos
– Por uma educação pública de qualidade
O Sindjus/DF está reforçando, com a categoria, o pedido do presidente da CUT no sentido de que esse momento precisa da participação de todos e, por isso, chama os servidores do Judiciário e do Ministério Público da União a comparecerem na ocupação no Congresso Nacional. “No dia 4 de julho, próxima quarta-feira, não se esqueça, vamos ao Congresso lutar por nossos direitos e por nossas bandeiras”, conclama o coordenador-geral do Sindjus/DF e da Fenajufe, Roberto Policarpo.
Fonte: Fenajufe, com Agência CUT