A Central Única dos Trabalhadores (CUT) apresentou um estudo que tenta demonstrar que é possível cobrir o déficit da Previdência e reduzir a carga tributária global, ao mesmo tempo, sem tirar nenhum direito do trabalhador. O estudo conclui que a fórmula para alavancar a Previdência é incluir os trabalhadores que atualmente estão fora do sistema.
Segundo a CUT, a inclusão deles ajudará a alavancar o crescimento econômico, e não o contrário. O estudo também tenta demonstrar que não passa de mito a afirmação de que o sistema é generoso demais ou de que os brasileiros se aposentam mais cedo do que em outros países. “A alegação de que o brasileiro em geral aposenta-se cedo é mentira. A idade média de aposentadoria no Brasil é de 60,8 anos, maior que na Argentina, Bélgica, China, Costa Rica, França e Itália, por exemplo”, diz a CUT.
O estudo afirma que o orçamento da seguridade social já é superavitário e que o ingresso na Previdência de apenas 3% dos trabalhadores ocupados hoje na informalidade traria receitas adicionais da ordem de R$ 3 bilhões. “Se o PIB tivesse crescido anualmente apenas 0,5% a mais no período entre 1995 e 2005, a receita de contribuição de empresas e trabalhadores teria crescido pelo menos 5% a mais. Caso o PIB tivesse crescido anualmente 2,5% a mais no mesmo período, só a receita de contribuição de empresas e trabalhadores cobriria todas as despesas com aposentadorias e pensões. Nesse cenário, o aumento das receitas permitiria que o Brasil pudesse eliminar ou reduzir tributos como a CPMF”, diz o estudo da CUT.
Os principais resultados do estudo serão apresentados pelo presidente da CUT, Artur Henrique, hoje, durante o Fórum Nacional da Previdência.
Fonte: Agência O Globo