A reunião prevista para sexta-feira (20), que reuniria representantes do STF, do CNJ, da ANAMATRA e da AJUFE, não aconteceu. A diretoria da FENAJUFE aguarda a nova confirmação e alerta a categoria para a necessidade de a Greve se intensificar em todo o país.
A possibilidade de uma nova reunião havia sido informada pelo diretor geral do STF, Alcides Diniz, aos Coordenadores, após a reunião com o Ministro Gilmar Mendes, em conversa no corredor do gabinete da Presidência. O objetivo foi tentar resolver o impasse da audiência e pressionar o STF a dar uma resposta à categoria o mais breve possível.
A Federação já encaminhou ofícios solicitando audiências com todos os ministros do STF para discutir a proposta de revisão salarial e reivindicar o envio imediato do projeto ao Legislativo. Em função da possibilidade de nesta semana acontecerem as audiências solicitadas, os sindicatos em greve estão enviando representantes para o Comando Nacional de Greve. Agora é hora de reforçar as pressões em cima da cúpula do Judiciário para que tenham resposta positiva ainda nesta semana.
A categoria precisa reforçar o movimento para garantir a finalização da proposta e o envio ao Congresso Nacional. A FENAJUFE avalia que não dá para apostar na boa vontade dos magistrados e deixar a luta de lado, até porque alguns já mostraram que são contrários aos valores apresentados na tabela de reajuste dos servidores.
Afinal já são 40 dias de enrolação, como ficou demonstrado na audiência do dia 19 com o Ministro Gilmar Mendes. Ele não disse nada de concreto, não definiu um calendário e ainda exigiu o fim da greve.
Os dirigentes sindicais responderam que a greve é um direito de todos os trabalhadores e um instrumento legítimo quando não há avanço nas negociações. “Nós só vamos discutir com a categoria a suspensão da greve depois que tivermos uma resposta concreta do Supremo e a garantia de que o projeto vai para o Congresso. Do contrário, vamos manter a greve em todo o país”, respondeu Roberto Policarpo, questionando os termos apresentados pelo Ministro.
Segundo o presidente do STF, apenas dois pontos da proposta precisam ser fechados, que incluem o valor do orçamento e o corte nas Funções Comissionadas para baixar o impacto financeiro. Mesmo afirmando que tem acordo com o reajuste salarial dos servidores, o ministro reforçou sua posição de que não apresenta nada enquanto a greve for mantida.
Diante da falta de qualquer proposta, SC, assim como os demais Estados, já tem Comando Local de Greve, com reuniões diárias a partir desta segunda.
REFORÇAR A PRESSÃO