O governo dos Estados Unidos “tentou utilizar o intercâmbio científico como um método de subversão para derrubar a revolução”, denunciou nesta quarta-feira (17/1), na televisão estatal de Cuba, um alto funcionário ministerial cubano.
Jorge Fernández, diretor de Relações Internacionais do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (CITMA) de Cuba chamou de “perversa e pérfida” a política norte-americana de bloqueio a seu país, “inclusive contra a ciência cubana”.
Fernández, comemorando o Dia da Ciência no país, citou uma recente conversa com um diretor de uma fundação dos EUA, cujo nome não disse “por razões óbvias”. O cientista norte-americano revelou que, durante uma reunião no Departamento do Tesouro para obter uma licença de colaboração, recebeu a recomendação de que, nos seus contatos com instituições cubanas, “seria imprescindível entrar em contato com grupelhos contra-revolucionários”.
“Tentam utilizar o pouco intercâmbio científico permitido como uma opção de subversão. É uma ofensa não só para Cuba mas também aos cientistas honestos dos EUA”, acusou o dirigente cubano.
Problemas antigos
Fernández destacou os efeitos negativos para o setor científico do bloqueio americano decretado há mais de 40 anos. “Solicitamos mais de 30 vistos para viajar aos EUA, em 2006, e só nos deram seis”, queixou-se.
Em comparação, ressaltou, “Cuba é um país que nunca criou obstáculos para visitas de cientistas americanos”. “Eles fazem o possível para dificultar o intercâmbio”, afirmou.
Além disso, seu país não pode adquirir nos EUA componentes, equipamentos, reagentes e equipamentos de laboratórios, “imprescindíveis para toda a pesquisa científica”. Fernández lembrou ainda que todas as conquistas da ciência cubana “foram atingidas nas piores condições”.
Fonte: Portal Vermelho