Por Marcela Cornelli
Os policiais federais decidiram ontem (3/5) manter a greve da categoria. O governo anunciou que encerrou as negociações com os agentes, papiloscopistas e escrivães da PF e não voltará à mesa de negociação, mas os policiais federais resistem e vão manter a greve. A greve da Polícia Federal já dura 55 dias e, se chegar ao dia 20, será a paralisação mais longa já enfrentada pelo governo Lula, superando a dos médicos-peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Eles ficaram parados por 71 dias, de dezembro de 2003 a fevereiro.
Os servidores do INSS, também em greve, estão analisando hoje em todo país a proposta do governo apresentada para a categoria. Eles discutem com o governo sobre o termo de adesão que têm de assinar para receber um aumento de 47,11% e sobre mudanças no plano de carreira.
As demais categorias de servidores públicos garantem que não há possibilidade de entendimento, mantendo a proposta de greve unificada a partir de 10 de maio, chamada pela CNESF.
No V Congrejufe, que encerrou domingo, dia 2 de maio em Maceió (Alagoas), os servidores do Judiciário Federal de todo país deliberaram por manter o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 18 de maio.
Professores das universidades federais já decidiram aprovar um indicativo de paralisação de 48 horas, nos próximos dias 10 e 11. “Vamos construir esse indicativo e esperamos uma paralisação forte”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Luiz Carlos Gonçalves Lucas.
O Sindicato também representa os professores das universidades estaduais e particulares. O indicativo de paralisação foi aprovado nesse final de semana, em Recife, numa reunião paralela ao Congresso Nacional de Educação (Coned). O presidente do ANDES informou que também foi aprovado outro indicativo de paralisação de 24 horas no dia 20 de maio, quando está marcada uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente do governo federal.
Da Redação com informações do Portal Vermelho