Seis dos 10 novos integrantes do Conselho de Comunicação Social (CCS) são empresários. Isto significa que o Conselho que deve auxiliar o Congresso Nacional na apreciação de assuntos relativos à comunicação é majoritariamente composto por empresários do setor, diretamente interessados no assunto. Dos quatro restantes, um, o jornalista Arnaldo Niskier, indicado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), é secretário de Cultura de Rosinha Mateus (PMSDB), no governo do estado do Rio de Janeiro. Dos 10 integrantes, apenas três pertencem realmente a organizações da sociedade civil: Dom Orani João Tempesta, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Luiz Flávio Borges D’Urso, da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), ambos titulares, e Gabriel Priolli, da ABTU (Associação Brasileira de Televisão Universitária), suplente de Niskier.
Os seis porta-vozes do empresariado da mídia que ocuparão as vagas pertencentes à sociedade civil são os titulares Roberto Wagner, diretor da Rede Record e presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão e Telecomunicações (Abratel), e João Monteiro de Barros Filho, presidente da Rede Vida, seguidos dos suplentes Segisnando Ferreira Alencar (diretor da TV Rádio Clube de Teresina), Felipe Daou (sócio-diretor da Rede Amazônica de Rádio e TV), Flávio de Castro Martinez (sócio-diretor da Rede CNT, irmão do falecido ex-deputado federal e ex-presidente do PTB, José Carlos Martinez) e Paulo Marinho (executivo do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e revista Forbes). Mantém-se, assim, a prática vigente desde a instalação do CCS, em meados de 2002, quando representantes de empresários ocuparam as vagas do Conselho destinadas à sociedade civil. Os novos integrantes tomam posse no dia 21 de fevereiro.
Fonte: Agência Carta Maior