A Comuna da Terra é uma nova experiência que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST] realiza há seis anos. A Comuna são assentamentos e acampamentos organizados próximos aos centros urbanos. Um dos objetivos do projeto é resgatar antigos agricultores que abandonaram a área rural para tentar uma nova vida nas zonas urbanas. Com isso, o MST amplia o espaço de discussão sobre a reforma agrária, como explica Delwek Matheus Junior, da coordenação nacional do Movimento.
“Essa é a importância da Comuna da Terra, construir uma nova concepção de reforma agrária. Baseando-se nas características de hoje, pois os trabalhadores rurais estão bastante urbanizados. Com isso, usamos menos terra em regiões próximas aos grandes centros urbanos. Essa é a concepção de Comuna da Terra. Depois de montada a Comuna, a propriedade da terra passa ser coletiva e de domínio da comunidade. Isso desenvolve a cooperação em todos os aspectos, gerando trabalho e renda para todas as pessoas, independentemente de sexo ou idade.”
Os resultados desse projeto já podem ser vistos no assentamento Dom Tomas Balduíno, que fica no município de Franco da Rocha, próximo à cidade de São Paulo [SP]. Os moradores do assentamento vivem de forma coletiva na produção de hortifrutigranjeiros. Delwek também explica que outro objetivo da Comuna é evitar os intermediários na hora da comercialização dos produtos para gerar mais renda ao agricultor.
“A idéia é colocar esse processo de industrialização dentro da cadeia produtiva da comunidade. Os agricultores devem organizar a produção primária do produto, beneficiamento, agroindústria até a mercaria chegar às mãos do consumidor. Assim, agregará mais renda para a comunidade. “
Além das experiências em São Paulo, as Comunas da Terra já são realidade no Rio de Janeiro e Pernambuco.
Fonte: Fenajufe, com informações da Agência Notícias do Planalto