A CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] anunciou oficialmente, na manhã desta quinta [17 de abril], que participa da campanha nacional pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, promovida pela Central Única dos Trabalhadores e outras centrais sindicais. As pastorais sociais e as paróquias serão orientadas a colher assinaturas entre os fiéis em apoio à aprovação da mudança constitucional.
‘É uma causa justa, que se propõe a beneficiar a maioria e a incluir mais brasileiros no mercado formal de trabalho’, declarou o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara. ‘Eu me entusiasmei pessoalmente com a idéia e consultei todos os integrantes do Conselho Episcopal de Pastoral, que aprovaram’. Dom Dimas recebeu dirigentes sindicais na manhã de ontem [16], na sede da entidade, para debater o tema.
‘É um apoio extremamente importante. Se a CNBB entende que a redução vai beneficiar a maioria e gerar mais empregos e qualidade de vida, é mais um sinal de que nossa campanha não é corporativa, mas visa amplas parcelas da sociedade e todas as categorias’, afirma Artur Henrique, presidente da CUT.
A CUT e as centrais sindicais coordenam a campanha nacional pela redução da jornada sem redução de salários. Um abaixo-assinado percorre as diferentes regiões do país desde 11 de fevereiro deste ano. O objetivo é colher, no mínimo, um milhão e meio de assinaturas para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a PEC 393/01 – que carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Segundo cálculos do Dieese, a medida deve gerar mais de 2 milhões de empregos. Em nome dessa proposta, as centrais vão realizar mobilizações e paralisações por todo o país no próximo dia 28 de maio.
Fonte: Fenajufe/CUT