Por Marcela Cornelli
Segundo o presidente nacional da CUT, Luiz Marinho, a Central reconhece a habilidade com que o governo Lula conseguiu enfrentar as dificuldades herdadas. Reconhece a importância para o Brasil e para os trabalhadores da vitória sobre as ameaças de desestabilização da economia e as iniciativas do governo no sentido de plantar as sementes para uma profunda mudança na economia e na sociedade brasileira.
No entanto, a CUT reafirma a crítica sistemática que sustentou durante todo o ano em relação à falta de atenção do governo para com a necessidade de políticas voltadas para a geração de emprego e renda, em particular no que diz respeito à recuperação do poder de compra do salário mínimo, da correção da tabela do imposto de renda, da recuperação do serviço público, inclusive dos salários do funcionalismo e outras medidas capazes de promover uma melhor distribuição da renda nacional.
Marinho diz que a ausência destas medidas, ao lado da decisão equivocada de renegociar novo acordo com o FMI mantendo o compromisso de superavit de 4,25%, projetam para 2004 um ritmo de retomada do crescimento inferior ao que se faria necessário. Neste sentido lembra o compromisso de Lula de definir um plano de contratações emergenciais com o objetivo de minimizar a grave crise de emprego que ora enfrentamos e que, na melhor das hipóteses, se estenderá pelo menos até início do segundo semestre de 2004.
Fonte: CUT Nacional