Por Imprensa
A três principais centrais sindicais italianas convocaram para hoje (30/11) uma greve geral, em protesto contra o projeto de orçamento e contra a política econômica do governo italiano para o ano de 2005, que qualificaram de injustas.
Em um comunicado conjunto, a Confederação Italiana de Sindicatos do Trabalho (CISL), a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL) e a União Italiana do Trabalho (UIL), com nove milhões de filiados, convocaram a todos a participarem da greve.
A centrais classificaram de injusto e desigual o orçamento do próximo ano, assim como as reformas planejadas pelo governo de Silvio Berlusconi.
Entre os projetos está o da reforma fiscal. Segundo as centrais, o projeto foi elaborado com fins eleitorais e, com a diminuição dos impostos, determinará a perda de 75 mil postos de trabalho.
Foram convocadas aproximadamente 80 manifestações em todo o país e os líderes das centrais fizeram discursos ontem em Veneza, Milão e Turim.
Os primeiros a paralizar as atividades foram os trabalhadores das gráficas, para garantir que não fossem publicados e vendidos hoje os jornais diários. A notícia foi divulgada pelos próprio jornais, ontem.
Alguns setores, como os de tranporte aéreo, estradas de ferro e metrôs suspenderão suas atividades por quatro horas, tempo mínimo para apoio à greve.
Por outro lado, os sindicatos dos trabalhadores do ramo das comunicações, da saúde pública e dos funcionários públicos anunciaram que a paralisação será de uma jornada, durante oito horas.
Os trabalhadores desses setores fizeram várias manifestações, solicitando a atualização dos convênios de saúde, que deixaram de valer há quase um ano, de melhores condições de trabalho e melhores salários
Essa é a quinta greve geral convocada pelas três maiores centrais do país, contrária à política econômica e às reformas políticas e sociais que o governo vem realizando, desde que Berlusconi assumiu o poder em 2001.
A greve acontece no momento que o primeiro-ministro tenta recuperar a popularidade, cuja queda foi evidenciada pelas eleições municipais, regionais e para o Europarlamento, em junho passado, quando a coligação governista sofreu uma pesada derrota.
Fonte: Portal Vermelho