Centrais sindicais, confederações, federações e diversos sindicatos de trabalhadores do país lançaram nesta quarta-feira (07) no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal, a 4ª Marcha da Classe Trabalhadora.
A atividade, que será realizada no dia 5 de dezembro, em Brasília, será pautada pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário, mais e melhores empregos, fortalecimento da Seguridade Social e das políticas públicas.
Durante o lançamento oficial da Marcha, os dirigentes sindicais apresentaram a agenda do evento e a intenção de mobilizar, organizar e pressionar o Judiciário, o Executivo e o Legislativo em favor das demandas dos assalariados e servidores públicos do país.
Como nos três anos anteriores, em que se mobilizaram por reajustes do salário mínimo e pela redução da tabela do imposto de renda, as centrais decidiram realizar uma mobilização unificada em prol de interesses universais dos trabalhadores.
Demissão sem motivo
O presidente da CUT, Arthur Henrique, enfatizou a importância dos 15 milhões de novos empregos com carteira de trabalho assinada, mas lamentou que paralelamente aos novos postos de trabalho haja alta rotatividade de mão-de-obra, informalidade intensa, o trabalho escravo insistindo em se manter latente no seio social e é permanente a tentativa de retirada e flexibilização de direitos trabalhistas.
Arthur reforçou a necessidade de que seja ratificada a Convenção 158 da OIT, que protege os trabalhadores da demissão sem motivo, do estabelecimento do acordo coletivo para os servidores públicos e da retomada das discussões sobre o direito de greve. Leia levantamento do DIAP sobre as Convenções da OIT.
Defesa da Caixa Econômica Federal
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) lançaram também a campanha “Com mais empregados, a Caixa servirá melhor ao Brasil de Todos”.
Segundo as entidades, a Caixa Econômica Federal necessita de mais trabalhadores para restabelecer as condições essenciais ao desempenho de suas atividades sociais, de transfêrência de renda e de atendimento das iniciativas governamentais dirigidas à população de baixa renda.
Pressão
Ao final do lançamento da campanha, os dirigentes das entidades sindicais foram ao presidente em exercício do Senado Federal, Tião Viana (PT/AC), da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinalglia (PT/SP), e ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, para entregar a pauta da 4ª Marcha da Classe Trabalhadora.
As centrais sindicais lançaram o portal único www.jornadapelodesenvolvimento.org.br com informações sobre a marcha.
Fonte: Diap (Alysson Alves)