Conforme informado no sitio do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), há menos de uma semana para o término do censo do Judiciário, ainda falta mais da metade dos servidores responderem o questionário. Talvez isso esteja acontecendo porque há uma certa desconfiança da categoria com relação ao papel desempenhado pelo CNJ nos últimos anos, que vem impondo metas unilateralmente e nivelando por baixo as estruturas e condições de trabalho nos tribunais.
Além disso, em geral, as pessoas não estão vendo com muita clareza o real objetivo do censo e que tipo de benefício, efetivamente, ele pode promover com relação à carreira e a melhorias nas condições de trabalho. Outra situação é que muitos servidores afirmam que utilizaram as respostas ao censo para manifestar suas insatisfações exatamente com relação à carreira e a melhorias nas condições de trabalho.
Houve vários questionamentos da Fenajufe com relação ao censo, inclusive manifestado por meio de ofício, que foi respondido pelo CNJ informando que o objetivo é conhecer o perfil dos servidores e garantindo a segurança e o sigilo das informações, além de afirmar que os resultados e os relatórios produzidos estarão disponíveis para o conhecimento da Federação.
Embora sejam respostas positivas, o fato é que não foi dada à categoria a possibilidade de participar do processo de elaboração do censo. Quando a Fenajufe e outras entidades representativas de servidores foram chamadas pelo CNJ para tratar da proposta do censo, na realidade ele já estava formatado.
O prazo para que os servidores respondam o censo termina no dia 9 de outubro e a Fenajufe vai cobrar as garantias informadas pelo CNJ acerca da segurança e do sigilo das informações, bem como acompanhar e avaliar o resultado dos dados.