Caros colegas,
O Brasil está em clima de Copa do Mundo, eleições, porém é ano de luta pela nossa data-base.
Historicamente, sabemos que toda conquista da categoria tem sido através de muita negociação, luta, paralisações e, em último grau, a greve.
As assembléias do SINTRAJUSC tem deliberado acerca de paralisações em datas esporádicas, pelo período de três horas, para que se construa o movimento em Santa Catarina.
Em cinco Estados os respectivos sindicatos deliberaram acerca da greve.
O que se observa aqui em SC é a pouca adesão ao movimento, porém as razões não se conseguem identificar. Os poucos servidores que estão aderindo às paralisações já se sentem frustrados e de certa forma enfraquecidos, vendo o marasmo e a apatia da maioria em relação à luta, principalmente por se tratar da nossa data-base.
O que se pede é a participação dos colegas para aderirem o movimento ou pelo menos participarem das assembléias, ou reuniões setoriais, e assumirem que não acreditam na luta, que estão satisfeitos com a situação, que preferem trabalhar vendo o salário sendo corroído a cada ano.
Se a maioria decidir pelo encerramento de qualquer movimentação, o SINTRAJUSC não adere ao movimento e ficamos todos “vendo a banda passar”, mas se a maioria demonstrar interesse em melhores condições de trabalho, remuneração e principalmente a data-base, certamente o caminho será outro.
O que não dá para permanecer é o que tenho visto: poucos colegas em frente aos prédios com a sensação de frustração, por não conseguirem trazer para a luta os demais colegas.
Ora, a luta é de todos e todos precisam ser ouvidos!
Talvez, senhores, ainda estejamos em alguma condição confortável, mas reflitam: se algum dos senhores já precisa abrir mão de coisas importantes para não perder outras igualmente importantes é porque a situação não está tão confortável assim. Logo, há que se mobilizar.
O grande problema da omissão está exatamente no fato de que ao se chegar ao fundo do poço, aqueles que estão acostumados a puxarem o movimento podem já não terem mais força para tanto e igualmente estarem desencorajados.
Se hoje não estamos conseguindo nos mobilizar com este mínimo de servidores no movimento já existente, certamente não chegaremos a lugar algum se todos estiverem inertes.
Não conseguiremos nada, apenas ficando em frente o monitor, lendo as notícias e reclamando do governo. Ninguém nos ouvirá reclamando dentro de secretarias. PRECISAMOS IR PARA AS RUAS! PRECISAMOS NOS FAZER OUVIR: SEM MEDOS, SEM RECEIOS!
Atenciosamente
Sandro Roberto de Oliveira
4ª VT Blumenau