De Tina Braga
Liberdade Brasil foi o nome escolhido para a campanha que pretende pressionar o governo federal a controlar o dinheiro que entra e sai do país anualmente.
O movimento é articulado por, entre outros, a ONG Attac e o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG), e deve ser lavada às ruas no dia 7 de setembro, Dia da Independência, junto com o Grito dos Excluídos.
A campanha obteve o apoio das pastorais sociais da Igreja Católica.
“Vamos utilizar essa idéia para mostrar à população que sem o controle de capitais, a sociedade não pode conquistar sua liberdade e o Estado continuará sem dinheiro para fazer investimentos em saúde e educação”, diz Antonio Martins, um dos coordenadores do Attac no país.
Segundo analistas, a liberalização do fluxo de capitais aumenta a vulnerabilidade externa do país ao permitir que os mercados financeiros façam os ajustes cambiais.
“Nosso problema não são os capitais que entram, mais os que saem. E a culpa disso é da burguesia brasileira, que se internacionalizou e contabiliza seus lucros em dólar”, criticam os articuladores da campanha.
A estimativa é de que entre 1994 e 2002 essa política de liberalização respondeu pela saída líquida de 100 bilhões de dólares do país.