Bancários paralisam por 24 horas; trabalhadores da ECT continuam parados

Os bancário do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal decidiram realizar paralisação de 24 horas hoje, 22/09, contra a intransigência dos bancos em não negociar todas as reivindicações apresentadas pela categoria.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ao comando nacional de greve dos bancários, nesta terça-feira, a proposta de reajuste de 4% e mais um abono de R$ 1.000,00. Os demais itens da pauta de reivindicações foram negados pela entidade.
Diante da falta de acordo, os bancários iniciaram paralisação hoje e, caso persista a dificuldade de negociação, poderão entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 06 de outubro.

ECT

Nesta quarta-feira, 21/09, 14 dos 33 sindicatos filiados à Federação dos Empregados nos Correios (Fentect) rejeitaram a proposta do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, que previa reajuste salarial de 8,5% a partir de 1º de agosto, 3,61% em fevereiro de 2006, abono de R$ 800,00 e a compensação dos dias parados.
A proposta de Abdala, que foi submetida aos trabalhadores em 23 assembléias realizadas, não foi aceita e, mesmo que os dez sindicatos restantes a aceitassem, não seria atingido o quorum mínimo exigido pelo estatuto da Fentect (2/3 dos sindicatos filiados) para que o acordo seja firmado e a categoria pusesse fim à greve.

Novas ações

Em face da rejeição da proposta pelos funcionários, a ECT apresentou dissídio econômico, que imediatamente foi aditado ao dissídio de greve. No dissídio econômico, a empresa retrocedeu aos termos da proposta inicial, oferecendo somente o reajuste de 6,57% (IPCA) e abono salarial de R$ 400,00.
A ECT requereu que o presidente do TST aumente a multa diária (fixada inicialmente em R$ 30 mil) porque não estaria sendo cumprida a liminar na qual Vantuil Abdala determinou que os grevistas garantam “contingente mínimo de empregados” necessário à manutenção dos serviços inadiáveis e de interesse público. A ECT também reiterou o pedido para que seja declarada a abusividade da greve.
Em razão da apresentação do dissídio econômico pela ECT, o presidente do TST adiou o desfecho da audiência de conciliação e instrução para esta quinta-feira, 22/09, às 17h. A providência é necessária para que a Fentect apresente defesa em relação ao dissídio aditado. Por sua vez, a Fentect apresentou ao ministro Vantuil Abdala petição de reconvenção com pedido de liminar, no qual solicita que a ECT seja proibida de contratar trabalhadores temporários em substituição aos grevistas. Segundo a Federação, a conduta da ECT é anti-sindical e afronta convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com informações do Tribunal Superior do Trabalho.

Fonte: Diap