“Agora somos 450 mil, juntos, para arrochar os banqueiros”, comemora o Sindicato dos Bancários de Brasília, pois a partir de hoje (8), os bancários dos estados que optaram pela greve de 24h na semana passada somam-se aos grevistas de Brasília e das demais bases sindicais que cruzaram os braços desde o último dia 30. No DF, a categoria realiza nova assembléia hoje, às 18h, no Setor Bancário Sul (SBS).
A intransigência dos bancos na mesa de negociação terá que dar lugar a propostas que contemplem as expectativas dos trabalhadores. A organização e a disposição de luta demonstradas pela categoria bancária não dá margem à continuidade do descaso patronal.
Os bancários exigem aumento real de 5% (a proposta da Fenaban é de apenas 0,35% acima da inflação), valorização dos pisos salariais, participação nos lucros e resultados (PLR) maior e simplificada, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Atividades da greve
Depois de oito dias parados, os bancários do Distrito Federal já assimilaram as atividades de sustentação do movimento, numa dinâmica que se consolida e se fortalece a cada novo dia de greve. A disposição de luta é visível. As assembléias maciças têm demonstrado esta assertiva.
Os grevistas se reúnem diariamente para café matinal e organização dos piquetes, no Setor Bancários Sul (Praça do Cebolão e Matriz da Caixa) e em vários outros pontos do DF. No decorrer do dia, participam das atividades culturais e dialogam com clientes e usuários que se dirigem às agências bancárias.
“Estas ações impulsionam nossa mobilização e envolvem um número cada vez maior de bancários no dia-a-dia da luta. É importante que cada um dê sua contribuição ao movimento, até a conquista de nossos objetivos”, frisa Rodrigo Britto, presidente do Sindicato. (Com Sindicato dos Bancários de Brasília)