Por Marcela Cornelli
Em reunião com o presidente da CNB, Vagner Freitas, com o tesoureiro Nacional da CUT, Jacy Afonso, e o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Luiz Cláudio Marcolino, na tarde da última sexta-feira (24/9), em Brasília, o Ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse que não vai interferir nas negociações para acabar com a greve dos bancários.
O ministro se propôs apenas a acompanhar o processo de negociação, já que para interferir, ambas as partes deveriam estar dispostas a negociar. No encontro, os sindicalistas denunciaram a postura bancos que estão usando ações judiciais e até mesmo força policial para intimidar os bancários a voltarem ao trabalho.
A Fenaban não apresentou nenhuma proposta na tentativa de desmobilizar a categoria. Em entrevista à Agência CUT de Notícias, Vagner Freitas, disse que a atitude só vem confirmar o desrespeito por parte dos banqueiros, que não estão preocupados com seus clientes e sim com seus lucros. Para o presidente da CNB, a frustração de não obter um avanço se transformará em força para o movimento.
Conforme levantamento da CNB, a greve já está consolidada em 24 estados e 230 mil bancários de um total de 400 mil trabalhadores em todo país estão parados em 130 cidades do interior. “A greve já está consolidada no setor estatal e agora vamos partir para os bancos privados”, acrescenta o presidente da CNB.
A categoria reivindica reajuste de 25% mais participação nos lucros.Na última rodada de negociação, realizada no dia 8 de outubro, a Fenaban manteve a oferta de 8,5% até 12,77%.
Fonte: CUT Nacional