No novo cenário de governo, é importante ressaltar um dos aspectos citados pelo jornalista e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz. Em entrevista, ele disse que, entre o atual e o novo Congresso, uma das diferenças é que houve crescimento grande da bancada empresarial. Ela terá 273 parlamentares, dos quais 27 senadores: “Nunca houve uma bancada tão numericamente significativa com a presença empresarial. Isso pode estimular a reforma tributária e a reforma trabalhista. A bancada sindical cresceu, mas menos, e vem na ofensiva de aprovar as 40 horas semanais e a Convenção 158 [da OIT, pela garantia do emprego contra a dispensa imotivada].A postura do empresariado é mais reativa na questão trabalhista e mais propositiva na tributária”. Este é mais um desafio na organização dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do funcionalismo público, ameaçado pelo PLP 549/09, que pode congelar salários pelos próximos dez anos.
2010 ficou para trás, com seus avanços e derrotas. Agora, como mostra a história, vamos reavaliar as nossas forças e reiniciar a luta. E para isso o Sindicato, que é de todos, mais uma vez contará com a determinação de cada um.