Por Marcela Cornelli
A bancada do PT no Senado decidiu ontem fechar questão a favor da “emenda paralela” da Previdência, em que foram colocadas as mudanças que o governo aceitou até agora na reforma previdenciária. Os senadores do partido terão de votar a favor da chamada emenda paralela, que já está tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. A emenda contém pelo menos quatro mudanças na reforma da Previdência.
A bancada do PT se reuniu um dia depois do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes e vice-líderes do governo e aliados no Senado para discutir as reformas da Previdência e tributária.
Na reunião da bancada do PT, os senadores Paulo Paim (RS) e Serys Slhessarenko (MT) pediram para continuar tentando convencer o governo sobre dois pontos da reforma – uma fase de transição para os atuais servidores (de forma a beneficiar quem é servidor há mais tempo) e paridade integral para quem já é funcionário público (garantindo, no ato da aposentadoria, os mesmos reajustes de quem está na ativa). Paim e Serys já haviam manifestado descontentamento com a “emenda paralela”.
Os presidentes do Senado e da Câmara se comprometeram com o governo a dar total prioridade à “emenda paralela”, para que esteja votada em 70 dias. O senador José Agripino (RN), líder do PFL, partido de oposição, já manifestou receio de que a “paralela” fique parada em alguma comissão da Câmara, depois de votada e promulgada a reforma da Previdência.
As bancadas do PTB e do PL, partidos que integram o bloco do governo no Senado, também pretendem apoiar a “emenda paralela”. O PSB, quarto partido do bloco governista, ainda não se manifestou.
O PMDB, que não integra o bloco governista mas é aliado do governo, também não decidiu se apoiará a “emenda paralela”. A bancada peemedebista do Senado resolveu, no entanto, lutar por seis mudanças na reforma da Previdência, entre elas a fase de transição para os servidores atuais.
Fonte: Agência Senado