A hora é da unidade dos servidores públicos federais contra os ataques do governo. Salário e aposentadoria estão sob a mira do três poderes. O Executivo quer a todo o custo aprovar o Fundo de Previdência Complementar (Funpresp) e o PLP 549, de congelamento salarial. Parte expressiva do Legislativo, no caso do Funpresp, votou contra os servidores. E o Judiciário? Este cada vez mais amarra o Direito de Greve, considerando quase tudo serviço essencial e punindo as paralisações com desconto de salário.
Quando se fala em salário e aposentadoria, se mexe com cuidados com a saúde e com a certeza de receber vencimento de valor condizente com as necessidades de cada um depois de sair da ativa. Mas isso pode deixar de ser garantia. Por isso não podemos ficar parados.
Quem já está no serviço público há muitos anos, quem entrou depois da Reforma da Previdência, em 2003, e quem entrou há pouco tempo precisa estar alerta: direitos estão sendo atropelados. Há saída? Sim, a saída que os trabalhadores sabem encontrar: a luta. E agora temos que ter energia para continuar a luta pelo PCS, mas por muito mais. Caso contrário, só nos restará o menos.
Nesta quinta-feira, dia 15, servidores públicos vão às ruas, e não só eles. O Ato Unificado terá a participação de servidores do INSS, Ministério da Saúde, ANVISA, UFSC, IFSC, IBGE, Eletricitários e da base do Sintrafesc, trabalhadores no Serviço Público Federal de categorias que atuam em órgãos como Funai, Ibama e Incra. O MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, também participará do Ato, assim como o Sinte, Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado.
O MAB está com os Eletricitários contra a privatização da Celesc na jornada nacional de lutas, que acontece em diversas capitais, de 13 a 15 de março. As ações inserem-se no contexto do dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, celebrado mundialmente no dia 14 de março.
As entidades sindicais representantes dos servidores públicos federais estão organizando a campanha unificada conforme deliberação do Fórum Nacional. Centrais como Condsef, CUT, CSP-Conlutas e Intersindical também estão com representações no Fórum. Com as ameaças do governo de retirar direitos, a hora é de irmos juntos à luta. Esperamos você nesta quinta-feira! Nós, do Judiciário Federal, vamos estar nessa jornada dos trabalhadores pela garantia de salário, aposentadoria e vida digna.