Uma caravana de grevistas do Sindiquinze-SP esteve em São Paulo na manhã desta terça-feira [28] para um ato na Fundação Armando Álvares Penteado [FAAP], onde o presidente do Supremo Tribunal Federal [STF], ministro Cezar Peluso, participou do Seminário sobre Conciliação e Mediação, Estruturação da Política Judiciária Nacional.
Ao iniciar a fala, o ministro foi surpreendido com os grevistas que, vestidos com as camisetas da greve e em um ato pacífico, levantaram faixas com os dizeres “Ministro Peluso: Acorde para a realidade – o Judiciário pede Socorro: Recomposição Salarial Já!” e “Ministro Peluso: Atenda os servidores – 5 anos sem reajuste e sem negociação!”.
Após serem convidados para se retirarem do local, os servidores do TRT-15, acompanhados dos grevistas de São Paulo, realizaram uma manifestação nos portões da Fundação. Com faixas, apitos e vuvuzelas, a categoria chamou a atenção dos participantes do Seminário, de alunos e professores e, também, da população que passava pelo local para a reivindicação e luta pela negociação.
Peluso não fala sobre o assunto
Após a participação no Seminário da FAAP, o ministro Cezar Peluso concedeu uma entrevista coletiva aos veículos de comunicação que se encontravam no auditório.
Ao ser questionado sobre a reunião ocorrida no dia 17 de junho com a ministra do planejamento, Miriam Belchior, Peluso respondeu que se tratava de um assunto de ministérios e “assuntos de ministérios não são tratados em público”. Quanto ao reajuste dos servidores, o ministro disse que não falaria sobre o assunto.
Segundo a diretora do Sindiquinze-SP Maria Martha Lima dos Santos, que também esteve em São Paulo, apesar dos servidores não serem recebidos pelo ministro Cezar Peluso, “conseguimos demonstrar a todos ali presentes o nosso descontentamento pela obstrução de comunicação entre servidores e o presidente do STF”.
Para o presidente do Sindiquinze, Joaquim Castrillon, “o esforço valeu, nosso protesto democrático teve visibilidade. O ponto negativo ficou, mais uma vez, com Peluso que se recusa a qualquer diálogo com os servidores”.
Fonte: Sindiquinze-SP