Por Marcela Cornelli
Desde às 10h da manhã de hoje, ativistas do Greenpeace estão bloqueando a entrada do navio Global Wind no porto de Paranaguá, no Paraná. Um ativista se prendeu à corrente da âncora do navio, junto a uma faixa identificando a carga como transgênica. Segundo o Greenpeace, o navio carrega 30 mil toneladas de soja transgênica da Argentina.
O objetivo da ação, de acordo com os ativistas, é impedir que a soja não transgênica exportada pelo Porto de Paranaguá seja contaminada com a geneticamente modificada vinda de outros lugares. Com isso, o Greenpeace pretende proteger as vantagens comerciais do Brasil em manter-se como a principal fonte de soja não transgênica.
O Porto de Paranaguá é o único no Brasil a adotar medidas efetivas para controlar as cargas e manter as exportações de soja livres de contaminação transgênica. O Estado do Paraná, segundo maior produtor de soja no Brasil, proibiu no final do ano passado o cultivo, processamento, comercialização, transporte e exportação de soja geneticamente modificada em seu território e nos portos de Paranaguá e Antonina. A proibição foi aprovada logo após a publicação da Medida Provisória 131, assinada pelo governo Lula, que liberou provisoriamente o plantio comercial de soja transgênica no Brasil.
Atualmente, o Paraná está sofrendo enorme pressão de outros Estados e de órgãos federais para aceitar a contaminação genética e exportar transgênicos através de seus portos.
Fonte: Site Último Segundo